PA_2_38_66.2O Há alguns anos o meu país, a Itália, está a enfrentar alguns problemas a respeito da imigração. O problema maior é a entrada ilegal de muitas pessoas que chegam sobretudo da África ou do leste Europeu em busca de trabalho ou de um futuro melhor. Da mesma maneira muitos jovens italianos emigram para outros países, sobretudo Inglaterra, América e países de língua inglesa para conseguir uma carreira satisfatoria. A condição destes dois tipos de emigrantes porém não é a mesma. Graças à comunidade Europeia os títulos de estudo dos italianos são reconhecidos em toda a Europa e, embora não esteja certa, parece-me também na Oceânia e América do Norte. Ao contrario o problema maior dos imigrantes na Itália é que conseguem encontrar principalmente trabalhos de baixo nível pelos quais não é preciso /ter/ títulos de estudo. A nível económico esta situação é vista como positiva dado que os imigrantes fazem trabalhos que os italianos consideram de baixo nível, humildes demais ou mal pagos e por isso não os aceitam, embora estejam disocupados. A Itália acho que seja então uma “falsa miragem” para muitas pessoas. É todavia preciso considerar também que em situações extremas de miseria e guerra no país nativo fazem com que qualquer outro país seja melhor. Considerando a Itália do ponto de vista de um imigrante, imagino que a dificuldade maior seja lidar com a burocracia italiana que não é simples nem para os nativos. Pessoalmente tentei entender o que é preciso para o reconhecimento dos títulos de estudo estrangeiros, em particular extracomunitários, e eu mesma, italiana, tive problemas em entender os textos das leis. Não consigo nem imaginar como um estrangeiro possa entende-las. Além disso, um outro problema quando chegar num país estrangeiro e desconhecido, é a integração – muito frequentemente na Itália acontecem episódios de violéncia ligados a estrangeiros, sobretudo de algumas nacionalidades. Isso cria um medo geral e desconfiança para todos os imigrantes conacionais do responsavel. Infelizmente a generalização, embora condanavel, acontece, sobretudo entre os idosos e mais conservadores. De fato os jovens são normalmente de cabeça mais aberta talvéz porque tenham maiores contatos com o estrangeiro. Pode-se ver na minha universidade que há alguns anos há um número sempre maior de estudantes estrangeiros com uma notavel maioria de extracomunitários. Hoje em dia a globalização e os políticos comunitarios estão a criar nações sempre mais multiculturais, também para aqueles países que não foram grandes poténcias coloniais no século passado. Acostumar-se então à diversidade e cultiva-la sem criar barreiras seja burocráticas seja de socialização vai ser não só um objectivo de cada pessoa mas um alvo que os vários estados tem de se colocar: através da educação à diversidade pode-se coltivar a toleráncia e até a curiosidade para culturas diferentes. O objectivo maior da Itália teria de ser abrir as portas aos imigrantes de “alto nível”, ou seja criar incentivos para que dum lado os italianos sejam empurrados pela concorrência e do outro que o país possa ter maior desenvolvimento graças aos contributos estrangeiros. Permitir que o imigrante se adapte bem e facilitar o acesso aos documentos legais ajudaria também a normalizar a contínua entrada ilegal pelas costas da Itália.