RU_1_02_65.2O Já por décadas escuto os longos e dramáticos discursos do meu pai que, em sua nostalgia, descreve os velhos e bons anos da ditadura. “Foi uma época de fartura” diz ele, “quando nada nos faltava e o seu avô ainda construiu umas casinhas!” Declara assim que a a solução para o nosso país seria uma nova adimnistração militar. Infelizmente o que o meu pai não compreende é que ele neste discurso comete um grave erro de lógica – o que foi bom para ele não foi necessariamente bom para todos – o erro da generalização. E é por esse mesmo motivo que muitos não compreendem os benefícios da globalização. Consumidores têm a sua qualidade de vida /melhorada/ não apenas quando os preços caem, mas também quando há maior variedade disponível, bem como produtos de melhor qualidade. Esses são resultado direto da abertura de um mercado, e quem su beneficia? Todos! Por outro lado, quando há globalização, quantos são os que perdem seus empregos? Alguns! Vemos /assim/ que quando mantemos uma economia fechada, todos perdem e alguns são beneficiado. Mas é interessante que não há necessariamente que haver desemprego! Enquanto algumas indústrias perdem espaço para concorrentes mais eficientes em sua produção, outras passam a ter a oportunidade de entrarem em mercados mais amplos. Estas últimas passam a produzir e empregar mais por causa da globalização. É verdade que não observam este cenário favorável em todos os lugares. Para que poseam gozar dos benefícios plenos que a globalização pode trazer a uma região, aumentando assim a qualidade de vida da população em geral, é necessário que os trabalhadores sejam flexíveis. Para que isso seja possível, precisa-se de bons centros de treinamento e educacionais. Precisa-se também de centros de informação para trabalhadores e empregadores que funcione de maneira de eficiente, bem como leis trabalhistas que não dificultem este reajuste no mercado. A globalização é quem nos permite beber vinho enquanto colhem os cactus decorativo na aridez do sertão.